As exposições




Para a grande maioria das pessoas os museus servem como um meio de lazer, porém, não podemos esquecer dos seus propósitos de educação e pesquisa, atribuindo assim uma ação cultural e educativa no âmbito da educação formal e informal. O museu deve apresentar aos seus visitantes o patrimônio cultural do qual é herdeiro e sua capacidade de aplicação desse patrimônio em favor da comunidade.

O Museu da República nos disponibiliza uma verdadeira consulta pública, sobre o período republicano brasileiro. O acervo é distribuído em sua maioria por imagens, e alguns documentos textuais (manuscritos e impressos), fotografias e mapas. Tendo como foco os registros da vida privada e pública de importantes atores sociais que, ao longo do exercício de suas funções mudaram o panorama politico e social durante o período republicano brasileiro.


                       Capela 

A sua vasta massa documental, com informações que nos fazem conhecer as suas trajetórias pessoais e aspectos do ambiente social de cada época. No conjunto, destacam-se a Coleção Canudos (com fotografias de Flávio de Barros, retratando o conflito) e a Coleção Memória da Constituinte e o Quarto do presidente Getúlio Vargas

Ao se analisar as propostas metodológicas presentes no Museu da República, em um primeiro momento, teríamos feito muitas críticas, porém, após conversar com os funcionários, descobrimos que existem muitos “projetos” que promovem uma maior interação do visitante com o museu.

Como exemplo citamos as projeções de vídeos, a biblioteca infantil, as apresentações musicais e teatrais, os cursos, palestras, exposições de arte e eventos culturais, que são outras atividades que a instituição oferece a seus visitantes e que durante as minhas visitas ao museu infelizmente não tive a oportunidade de observar.

Como pontos falhos para o museu (citamos aqui as críticas mesmo sabendo depois dos “projetos” disponíveis), destaca-se como ponto negativo para a instituição, o fato de que a sua visita orientada não proporciona ao visitante a capacidade de promover um pensamento crítico ao assistir a exposição, pelo contrário, devido a essa maneira como a visita se dá, pode promover inclusive um descaso do visitante para com o museu.

Como um outro ponto negativo, destaca-se, ainda, a utilização dos Headsets para a explicação das salas (uma vez que a baixa quantidade de aparelhos disponíveis, e o seu mal funcionamento em alguns casos, também promovem um descaso do visitante), acabando por enfraquecer a ideia de interatividade que é utilizada em muitos museus, devido aos benefícios que o áudio proporciona ao aprendizado.

Bibliografia sugerida:


CHAGAS, Mário. Imaginação museal: museu, memória e poder em Gustavo Barroso, Gilberto Freire e Darcy Ribeiro. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Rio de Janeiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2003.

HUYSSEN, Andreas. Escapando da amnésia: o museu como cultura de massa. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. IPHAN, n.23, 1994.

GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. RAMOS, Francisco Régis. (orgs.) Futuro do pretérito – Escrita da História e História do Museu. Fortaleza: Instituto Frei Tito de Alencar, 2010.

RAMOS, Francisco Régis Lopes. A danação do objeto. O museu no Ensino de História. Chapecó: Argos, 2004.

SANTOS, Myrian Sepúlveda. A escrita do passado em museus históricos. Rio de Janeiro: Garamond, Minc, Iphan, 2006.


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