O Palácio e o Museu


História do Palácio do Catete



        O Barão e a Baronesa de Nova Friburgo

O edifício onde hoje está situado o Museu da República foi erguido para ser a residência da família do cafeicultor luso-brasileiro Antonio Clemente Pinto, Barão de Nova Friburgo, na então capital do Império do Brasil. Era denominado Palacete do Largo do Valdetaro, bem como Palácio de Nova Friburgo.


Com projeto do arquiteto alemão Carl Friedrich Gustav Waehneldt, datado de 1858, os trabalhos tiveram início com a demolição da antiga casa de número 150 da Rua do Catete. A construção terminou oficialmente em 1866, porém as obras de acabamento prosseguiram ainda por mais de uma década.

Após o falecimento do barão e da baronesa, o filho destes, Antônio Clemente Pinto Filho, o Conde de São Clemente, vendeu o imóvel em 1889, pouco antes da Proclamação da República do Brasil, para um grupo de investidores, que fundou a Companhia Grande Hotel Internacional. Este empreendimento, entretanto, não teve sucesso em transformar o palácio em um hotel de luxo. Devido à crise econômica da virada do século XIX para o XX, o empreendimento veio a falir, sendo os seus títulos adquiridos pelo conselheiro Francisco de Paula Mayrink, que cinco anos mais tarde, quitou as dívidas junto ao então denominado Banco da República do Brasil.



À época, a sede do  Poder Executivo do Brasil era o Palácio do Itamaraty no Rio de Janeiro. Em 1897, o presidente Prudente de Morais adoeceu e, entrementes, assumiu o governo o vice-presidente, Manuel Vitorino, o qual fez adquirir o palácio e ali fez instalar a sede do governo. Oficialmente, o Palácio do Catete foi sede do Governo Federal de 24 de fevereiro de 1897 até 1960, quando a capital e o Distrito Federal foram transferidos para Brasília.



Vários eventos históricos importantes aconteceram nas salas do palácio, tais como a morte do presidente Afonso Pena, em 1909; a assinatura da declaração de guerra contra a Alemanha em 1917; a visita e hospedagem do cardeal Pacelli, futuro papa Pio XII, em 1934; a declaração de guerra contra o Eixo, na Segunda Guerra Mundial, em 1942; e, por fim, o famigerado suicídio do presidente Getúlio Vargas, em 1954, com um tiro no coração, em seu aposento no terceiro andar do palácio.



Arquitetura 


          Fachada principal do prédio do Palácio do Catete

O edifício é um dos exemplares da arquitetura neoclássica no país e está situado em frente a um jardim com lago, gruta e coreto. O terreno do palácio e do jardim é limitado pelas ruas do Catete, Silveira Martins e Praia do Flamengo.



Na construção original, o alto do edifício possuía águias fundidas em ferro. Posteriormente, esses ornamentos foram substituídos por estátuas de musas, representando o verão, o outono, a justiça e outros temas. A partir de 1910, as estátuas foram substituídas por novas águias, desta vez em bronze, obra do escultor Rodolfo Bernardelli. As antigas esculturas de ferro foram fundidas para a fabricação dos bancos do jardim. Por esse motivo, o prédio também ficou conhecido como "Palácio das Águias", denominação raramente utilizada.




O Museu da República


                        Jardins do Museu da República

O Museu da República foi inaugurado em 15 de novembro de 1960 pelo então presidente Juscelino Kubitschek, já que após a transferência da capital do Rio de Janeiro para Brasília as dependências do Palácio do Catete perderiam sua função administrativa.



No acervo do museu há objetos pessoais de todos os presidentes do Brasil, além de obras de arte e de mobiliário. Mas, sem dúvida, o ponto alto da visita é o dormitório particular de Getúlio Vargas, localizado no terceiro andar do prédio, no qual ele se suicidou em 24 de agosto de 1954. No aposento ficam também expostos documentos, fotos, objetos pessoais do ex-presidente e a bala e o revólver que o matou.

Os visitantes ainda podem conhecer os jardins do Palácio, que possuem 250 metros de extensão e conta com um lago artificial, três pontes rústicas, uma cascata, gruta e esculturas. O museu ainda possui brinquedoteca, cinema, livraria, biblioteca, loja e restaurante.



Horários de funcionamento do museu:
Terça à sexta, de 10h às 17h.

Sábados, domingos e feriados, de 14h às 18h.

Entrada: R$ 6,00

Maiores de 65 anos e crianças até 10 anos não pagam. Estudantes pagam meia-entrada.


Horário de funcionamento do parque:
Diariamente, de 8h às 20h.
Acesso pelo Portão da Praia do Flamengo somente durante a semana de 8h às 18h.

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